segunda-feira, janeiro 08, 2007

O resto da vida,...

Hummm..
Há coisas que me fazem gostar realmente de pessoas… das minhas pessoas…

Há pessoas que se gosta e pronto… não preciso contar histórias de amizades a sério, que acontecem a brincar…. Daquelas amizades e daquelas pessoas que acontecem e estão para ficar…

Hoje recorri ao saco lacrimal escondido no fundo dos olhos… emocionei-me… é bom ainda estar presente nas outras pessoas, melhor ainda quando nos dizem que ainda estamos presentes, que ainda existimos, ainda que longe, ainda que tudo…

Seremos realmente cúmplices o resto da vida, de tudo, de nada….porque as almas estão entregues… porque deixam de ser precisas palavras, deixam de ser precisas frases feitas, deixa de ser preciso o que quer que seja, desde que existam pessoas que sejam o caminho de outras.

Há realmente coisas que se dão por acaso e coisas que se dão no acaso…

Gosto-te tanto…Obrigada… Gostei…

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Tu nunca te esqueças nunca

“Já não acredito em algumas palavras de mudança, mas eu que não sei muitas coisas, é bem verdade, ainda acredito em ti, no teu andar, nos teus passos, no teu caminho, nesse inseguro desperdício de certezas, pois sei que amanhã essas palavras vazias que te dizem agora serão trocadas por outras, plenas, luminosas, encostadas ao tronco de árvores honestas, gozando a sombra discreta do Sol, luz para a dor, mesmo logo depois do vento ter empurrado as nuvens, o Inverno, e serenamente a maré ter subido tão melodiosamente como a musica para nenhum instrumento, tão vagarosamente repetida que se podia ouvir a noite inteira…
Porque tu, dois olhos, olhaste firmemente, decisivamente, para depois do horizonte e no paredão, pedra junto ao mar, escreveste com a boca, letra redonda, «tu nunca me esqueças nunca» e rodeaste com alivio esse branco abandonado. E é só nisto que acredito, pois não sei mesmo muitas coisas, é bem certo, mas sei bem que o melhor remédio para continuar a viver sem por ninguém ser amado é não morrer sem amar alguém.”

Pedro Strecht

Conta-me uma história

Conta-me mais uma história, daquelas que ninguém gosta de ouvir… daquelas que me contas quando já não ouvimos as conversas em que nos incluem…
Pode ter um final infeliz, como sempre dizes que todas têm…
Começa na terceira pessoa e vai contando, até que admitas fazer parte da história, até teres o protagonismo… conta-me como foi… como te tornaste no que és…, de onde vem essa amargura que carregas nos olhos…
Conta-me uma história, pode ser a mesma, a de sempre…, a do menino ingénuo que se apaixona, que sofre, que deixa de confiar… sei lá… conta-me uma história qualquer…

Pela última vez...

Pela última vez… o levantar da cama.. a custo…
Pela última vez o banho demorado,…, as horas de maquilhagem a disfarçar as nódoas negras, ou as olheiras… ou as lágrimas….
Pela última vez o pequeno almoço na mesa, a horas, com pão fresco e leite fervido….
Pela última vez o olá…
Pela última vez o beijo repenicado na bochecha quente do filho a caminho da escola…
Pela última vez o limpar o escritório….
Pela a última vez o pegar na pistola com medo…, com duvidas…. Finalmente tudo claro… simples como um puxar de gatilho…